Eu gosto de planear estas coisas com antecedência.
Não sei se é por ter aquela pancada dos professores e outros indivíduos que tiraram um curso que não tem colocação (como aqui a je...) que é planear o ano lectivo todo ao pormenor durante as férias de Verão (ou guardar caixas de cereais e de sapatos e de chávenas do gato preto porque dão para fazer uns ficheiros bem jeitosos), ou por tentar acompanhar os ritmos do planeta através dos conhecimentos e cerimónias dos nossos antepassados, algo que é contra-natura na nossa sociedade consumista, em que todos os meses são iguais, recebemos no final do mês, dá para pagar as despesas e, vá, com sorte, para mandar vir qualquer coisita da Fnac, e não nos permitem hibernar no Inverno (porquê, deuses, porquê??), por estes lados, gosto de espreitar as novidades e de experimentar coisas giras associadas às datas.
No caso do dia dos namorados, devo confessar que nunca fui muito à bola com as pipizisses que são moda, do género levar a cara metade ao restaurante da moda (cheio de pessoas que tiveram a mesma ideia, com funcionários stressados porque têm de se desdobrar e atender pessoas a tender para o picuinhas, e os preços bastante inflaccionados, para a ocasião), ou o "vamos passear de surpresa aqui a este sítio que eu gosto muito mas que tu nem por isso e eu sei que ficaste um bocado f...lixada porque nem depilaste as pernas e estavas a pensar em ficar de molho o fim de semana todo a ver o Witcher no sofá e a comer doritos com guacamole, mas olha, já aqui está a tua mala feita e por acaso até meti cá dentro aquela t-shirt que te pica no pescoço e que não gostas nada, e vamos lá a despachar que o avião é daqui a hora e meia", que são coisas com uma grande probabilidade de correrem mal.
Por isso, cá nos tentamos ajeitar com as florzinhas (gerberas cor de laranja são um must), o jantar em casa e a sobremesa catita, e torcer para que o Vesúvio não queira cuspir nada cá para estes lados!
Com a canalha pequena, e com a ajuda da escola a celebrar o dia dos amigos, porque não tem idade para parvoíces de namorados, as coisas ficam mais coloridas e animadas, e prefiro escolher um jantar que eles comam e uma sobremesa em cuja confecção eles possam participar, que os deixe de rastos e cheios de vontade de ir ter com o João Pestana, para os pais ainda conseguirem ter dois minutos para conversar depois de os meter na caminha ou, provavelmente, para adormecer no sofá...
A sobremesa deste ano foi um bolo Red Velvet, e fui buscar a receita à página da Benedetta, deixei o link ali em baixo.
É muito fácil de fazer, ela fala em italiano, mas as instruções são perfeitamente compreensíveis, até eu lá cheguei e não rebentei com a cozinha toda, o que é uma sorte, porque fazer um bolo a seguir as instruções com o Artur a ajudar é coisa para raiar o impossível!
Mas enfim, o bolo saiu bem, e toda a gente teve direito a decorar com chantilly, gomas, pintarolas e coraçõezinhos cor de rosa.
Também estava muito bom!