quarta-feira, 21 de junho de 2017

Em banho-maria e roupa estendida ao sol.

Por acaso hoje está um típico dia de Verão por estes lados: nevoeiro.

Temos andado entretidos a organizar roupas e brinquedos (porque não?) para mandar para a Junta e depois para onde for preciso.

A filhota já foi ajudar a entregar água e soro fisiológico nos Bombeiros daqui.

Agora, é torcer para que isto pare (estamos em Junho, na realidade é torcer para que não venham dias piores...)

Agora, que se levou um choque com a realidade, é arregaçar as mangas e FAZER alguma coisa, não é só acusar este e aquele e já está arrumado, ALGUÉM há-de fazer alguma coisa.

Nós, como cidadãos formados (digo formados não com cursos, mas com valores, os meus avós que não foram à escola eram mais que formados, já umas quantas aves raras por aí... Jazus!!), temos o dever de ajudar: contactar com as juntas e associações, vigiar, actuar, estar atentos, estar informados, saber reagir, saber liderar e, porque não, assinar as tais das petições.

Só hoje, a levar a filhota à escola, reparei que esta zona está cheia de eucaliptos, e sim, todos até à beira da estrada, um molho de eucaliptos está mesmo ali num sítio tão bom que, se apanhar umas labaredas, é um instante enquanto passa para os edifícios do Externato. (Também reparei que a escola da filhota e a outra escolinha estão a uma distância segura, por isso, papás, fiquem tranquilos com os vossos pimpolhos!)

Nada contra os eucaliptos, mas com moderação e ponderação.

Em ano de eleições, PARTICIPEM!

Não é só falha do Governo, das autoridades, das fiscalizações, é de todos nós. Muitas vezes não prevenimos as coisas, estamos descontraídos numa atitude de "quando acontecer, logo se vê".

A nossa solidariedade e mobilização nunca está em causa.

Ajudamos agora, ajudámos a Madeira, ajudámos a Galiza.

Se é preciso uma tragédia para que as mentes se acordem, não podemos deixar que estas pessoas tenham sido vítimas em vão.

Se quiserem e puderem dar alguma coisa aos Bombeiros e às pessoas que ficaram desalojadas, contactem com os Bombeiros, as Paróquias e as Juntas de Freguesia das vossas áreas de residência.

Aqui, por estes lados, Bombeiros da Silveira, Paróquias de Torres Vedras, Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação de Torres Vedras.

Estão a receber água, soro fisiológico, barras alimentícias, bebidas energéticas, roupa, roupa de cama, mantas, toalhas.

Há contas para onde podem ajudar.

Se querem estar informados, vejam o site da Protecção Civil, ou algum canal que passe notícias sóbrias e lógicas.

Por favor, não se ponham a ver o Correio da Manhã, e passem ao lado dos canais que em vez de tentar informar e esclarecer as pessoas andam a ver se descobrem as coisas mais escandalosas para mandar para o ar. E, a sério, mais escandaloso do que aquela senhora que perdeu um filho e quis fazer a reportagem ao lado do que foi o filho de alguém, ganhou a porra da bicicleta, não imagino o que lhe tenha passado pela cabeça, a sério... Pessoalmente, e uma vez que por aqui só temos a TDT, espreito, quando dá, a RTP 3.

Para desgraça, já basta a realidade, não queiram esmiúçar as coisas, FAÇAM mas é qualquer coisa, que distrai a cabeça.

Mobilizem-se. Somos portugueses, não somos ratinhos!



(daqui a bocado já voltamos, blessed be and harm none <3 )


terça-feira, 20 de junho de 2017

Loreena McKennitt The Old Ways Legendado PTBR)

Midsummer Eve.

Hoje é a noite do Solstício de Verão, a noite mais curta, o dia mais longo.

Que nos inspire a ser melhores.

(e a controlar a nossa vontadinha de esganar alguém cada vez que se vê o C#$#%&& da Manhã, ou aquele pessoal que acha que cumpriu o dever de ajudar o país por ter votado na petição que mete os presos a trabalhar, "prontes, agora já poço ir pá praya kontrolar as babes e bronz&ar e buer mines e rádeléres freskinhas". Dasse, pah, 10 mil para se plantar mais carvalhos e 3 vezes mais para voltarem os trabalhos forçados, voltamos ao século XVIII!)

Zen, Marta, zen!







terça-feira, 13 de junho de 2017

Salmorejo Cordobés

Esta é uma sopa fria que aprendemos a fazer em Madrid com um amigo sevillano, que era um cozinheiro de %#@# madre, e que sabe a maravilhas num dia quente como o de hoje.

Por acaso, foi emborcada a seguir a uma caracolada, já que estamos decididos a mostrar aos caracóis daqui do quintal que estamos no topo da cadeia alimentar, de modo que vamos para o alpendre incentivá-los a largar as alfaces e as videiras.

Então, isto é muito simples! Precisamos de:

500 grs de tomate vermelho bem maduro
100 grs de pão duro
100 ml de azeite
1 dente de alho
sal
água

As quantidades variam de acordo com o gosto: mais tomate, mais líquida, mais pão, mais espessa, azeite a gosto de quem vai comer, só não aconselho aumentar a dose de alho, porque vai cru para a mistura e depois ninguém quer ser vosso amigo. Trust me on this one.


Para fazer:

Partir o pão em pedaços e colocar numa taça com água fria.
Colocar na picadora o tomate em pedaços e desfazer. Adicionar o pão e desfazer.
Juntar o sal, o alho e o azeite e desfazer.
Depois de tudo muito bem misturado, rectificar os temperos e colocar no frigorífico até servir.

Acompanhar com pedaços de ovo cozido, queijo, requeijão, tomate, pimento, bacon, pepino, chouriço, tostinhas, presunto, o que gostarem.

Para quem gosta de fazer as coisas certinhas, podem pelar os tomates e partir tudo em pedacinhos com muito jeitinho, mas o facto é que isto vai ficar tudo desfeito na mesma, tomate com casca ou não, pelo que podem optar pela técnica cá de casa de "tomate, tráu, pão, tráu, alho, sal e azeite, tráu" e em menos de dois minutos têm a sopa feita. 

(a foto continua sem ser minha, até tirei com o telemóvel da minha sogra, mas ela apagou sem querer, juro!)




quinta-feira, 8 de junho de 2017

Vamos experimentar a Ginjinha!

Ora vai a Marta ao mercado e traz cerejas para provar.

As cerejas são de cair para o lado de boas.

A Marta alambaza-se e, no dia seguinte, volta ao mercado para ir buscar dois quilos para fazer licor de cereja.

A Marta menciona que vai fazer licor de cereja.

O rapaz da banca gaba as cerejas, bem boas, que vieram do Fundão, e acha por bem acrescentar que o pai também trouxe ginjas e que amanhã já as tem na banca.

A Marta vacila.

A Marta decide-se: "Guarda-me um quilo, venho cá buscá-las amanhã!"

Ainda tinha alguma aguardente em casa, dava para um quilo de ginjas, ora vamos lá experimentar!

E deu nisto!


Precisamos de:

1 kg de ginjas 

1 lt de aguardente vinícola

700 grs de açúcar louro

2 paus de canela

(sim, eu invento: substituí o açúcar branco por louro e acrescentei a canela...)



Retirar os pés das ginjas, lavá-las e secá-las bem.

Introduzir as ginjas num frasco ou garrafa de boca larga e colocar o açúcar.

Usei duas garrafas e reparti as doses.

Regar com a aguardente, rolhar a garrafa e sacudir todos os dias até o açúcar diluir.

Servir passado um ano.


Este era o aspecto no dia em que foi feita.


Cinco dias depois, já o açúcar estava dissolvido e o líquido começa a ganhar a tonalidade da fruta.


Pelo sim, pelo não, vou sacudir as garrafas durante uma semana.


quarta-feira, 7 de junho de 2017

O que é que se passa na horta em Junho?

A Xica e a Clementina pavoneiam-se pelo quintal.


As plantas crescem. Hoje colocámos protecções maiores nas alfaces e canas para suportar os tomateiros. 

Entretanto, já aparecem algumas aromáticas: cidreira, cebolinho, orégãos, tomilho-limão e manjericão, e uns talos de aipo.


Ah, e a framboesa que plantámos em Março já está a dar fruto!


Olá, framboesa! Adeus, framboesa!


Mais uns retalhos da vida de uma horta experimental.

Uns dias depois, a magia acontece.


Depois de uns dias de chuva, descobrimos que metemos milho a mais na terra e que aquela cena germinou toda... Ups! Entretanto, já se meteu na terra uns tomateiros. Quais? Não faço ideia, misturei-os todos. Vai ser surpresa!




Retalhos da vida de uma horta experimental.

Isto, somos nós em Maio:

A prenda do Dia da Mãe que a petiza trouxe da escolinha.


As pollitas cá de casa:


Isto sai com água.


A fazer ninho para dormir a sesta.


Aqui também se dorme uma soneca.


Rede e paus e terra mexida e alisada. Faz uma espécie de horta.


Acabámos de plantar o milho, a ver no que vai dar!




domingo, 4 de junho de 2017

Licor de Cereja.

Está na altura delas e, aqui por estes lados, somos uns sortudos, já que demos com o melhor dealer de fruta de origem e de qualidade lá do mercado, bem como pessoal de experiência que nos sabe recomendar onde encontrar a aguardente para os licores, e algumas técnicas aprendidas ao longo dos anos.


Ora vamos precisar de:

1 kg de cerejas. Estas belezas vieram do Fundão, e posso garantir que são tenrinhas e saborosas, já que enfardei uma quantidade provavelmente ilegal delas...
2 paus de canela
2 cravinhos
casca de 1 limão
300 ml de água
300 grs de açúcar louro
600 ml de aguardente


Lavar as cerejas e secar cuidadosamente com papel de cozinha.

Colocar as cerejas num frasco limpo e seco, adicionando a casca de limão, a canela e os cravinhos.

Levar a água e o açúcar ao lume e, assim que o açúcar derreter, desligar o lume, esperar 15 a 20 minutos, e juntar a aguardente.

Despejar o líquido sobre as cerejas, fechando bem o frasco, e guardar em lugar fresco, seco e escuro durante 3 a 4 meses antes de abrir.


Uma vez por semana, agite o frasco, para que os sabores se desprendam.

Servir num cálice, com uma cereja a acompanhar.


No meio da conversa, o dealer falou nas ginjas que o pai estava a trazer da serra, pelo que já sabem o que vos espera daqui a uns dias...


Olá 2022! Olá blog! Vamos arrumar isto?

Ora cá estamos, mas por pouco tempo. Então..... isto não está vida para gerir uma data de blogs ao mesmo tempo, por muita vontade que tenham...